Sanctum Sanctorum é o seio da Terra, onde se acha o grande mistério espiritual de nosso globo. É o lugar onde se elaboram as chamas do fogo sagrado e dos fenômenos que se processam no centro da Terra, de cujos profundos mistérios a ciência oficial não tem o menor conhecimento. É o Tártaro ou Inferno para alguns, pois, de fato, inferno (ou in-fera) significa lugares inferiores. Em tal região inferior centro-terrena arde em plena atividade o fogo cósmico, o qual as antiquíssimas escrituras orientais denominam Kundalini, e que nas lendas chinesas, mongólicas e tibetanas se chama Serpente ou Dragão de Fogo, aquele mesmo fogo que, através da sarça ardente, falou a Moisés, ordenando-lhe que se descalçasse, pois estava pisando em terra sagrada. O Sanctum Sanctorum simboliza o útero materno, pois é ai que os homens nascem pela segunda vez, através das iniciações no mundo espiritual. O Sanctum Sanctorum da Terra é e continua sendo obscuro e polêmico, secreto e sagrado, ainda que alguns místicos tenham se pronunciado sobre essa intrincada matéria, como foi o caso, por exemplo, de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), Saint-Yves D’Alveydre (1842-1909), Annie Besant (1847–1933), Stanislas de Guaita (1861-1897), Mario Roso de Luna (1872-1931), Nicholas Roerich (1874-1947), Ferdinand Ossendowski (1876-1945), Henrique José de Souza (1883-1963), René Guénon (1886-1951), Raymond Bernard (1923-2006) e outros.