A fé é a antítese do fanatismo. A firmeza do gênio é uma suprema dignidade do próprio Ideal; a falta de crenças solidamente cimentadas, converte o medíocre em fanático. A fé confirma no choque com as opiniões contrarias; o fanatismo teme vacilar diante delas e tenta sufocá-las. A fé é tolerante: respeita as crenças próprias, e as alheias. É simples confiança num Ideal e na suficiência das próprias forças; os homens de
gênio se mantém crentes e firmes em suas doutrinas; mais de que se estas fossem dogmas, mandamentos, permanecem livres de superstições vulgares e, com freqüência, as combatem; por isso, os fanáticos os supõem incrédulos, confundindo o seu horror a mentira comum com a falta de entusiasmo pelo próprio Ideal. Todas as religiões niveladas podem permanecer alheias à fé do homem virtuoso. Nada
mais estranho à fé, do que o fanatismo. A fé é de visionário e o fanatismo é de servos. A fé é chama que acende e o fanatismo é a cinza que apaga. A fé é uma dignidade e o fanatismo é uma renúncia. A fé é uma afirmação individual de alguma verdade própria e o fanatismo é uma conspiração de hostes, para sufocar a verdade dos outros.