Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana. Sempre que o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário. A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para atacar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade. A calúnia, desse modo é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro. Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.