O mal vem do interior do homem, e é lá que deve ser reconhecido, combatido e vencido. O mal é uma distorção do poder universal, uma ofensa a esse poder, realizada pelo próprio homem. No interior do ser humano estão o conceito e o potencial tanto do mal quanto do bem. A experiência da dualidade entre espírito e matéria, luz e trevas, movimento e inércia, expansão e contração faz com que o homem associe esses conceitos ao bem e mal. O ser humano julga os opostos conforme seu efeito. Se a resistência representa um apoio, é boa. Se traz prejuízos ou frustrações, é má. O que é a escuridão que o homem classifica como má? É apenas matéria que não está exposta à luz, não é verdade? Escuridão é simplesmente, matéria não-iluminada. Ao adquirirmos a Sabedoria, nossas tribulações se desvanecerão, porque o gozo é peculiar e inerente à natureza íntima de que todos dela procedemos e a ela temos de voltar. A ignorância faz que nossa vida seja vazia e fraca. Somente a essência espiritual das experiências pode nutrir a alma, mas o mal nada mais é do que a ausência do bem, não tendo fundamento em si mesmo, porque é finito e transitório. Somente o bem pode eternizar-se de fato.