A política é a arte de governar, a arte que rege os povos entre si. É o que faz com que os homens se reúnam formando as sociedades. A instituição política é o equilíbrio entre o princípio da liberdade e o princípio da força bruta ou o domínio. O domínio e a liberdade pedem à instituição que harmonize essas duas manifestações. Logo, a Lei estabelece o equilíbrio entre o princípio da liberdade e o do domínio. Uma lei, um código, que não corresponde a uma necessidade coletiva é fictícia, artificial, cai facilmente, por não ter meios de aplicação. Quando se reúnem legisladores para organizar leis, sem ter o conhecimento das necessidades físicas e psíquicas da coletividade, dão causas às revoltas, às reações. O princípio da política está, portanto, estabelecido. Mas poderá haver política, poderão haver instituições, se faltar essa renúncia a si mesmo, capaz de semear e expandir a felicidade? O que falta para a política perfeita? É essa consciência da renúncia. A vontade que renuncia à afirmação de si própria. Com dirigentes dessa natureza, ela será perfeita. Imaginem uma constituição política que fosse absolutamente moral; um Poder Executivo que só visse o interesse coletivo. Falta ainda uma condição: a do trabalho, da atividade. A fomentação das riquezas para a sua evolução.