Três características definem o discípulo: silente, obediente e não resistente. Silente, significa que ele ouve e fecha sua boca, é silencioso, mesmo que não concorde com algo, fecha sua boca na esperança de que mais tarde entenda aquele ensinamento. Agora não entende, mas, não protesta, fica silente. Obediente significa que quando o mestre diz “Faça isso!”, o discípulo vai e faz, não importa se a ordem é coerente ou não. Às vezes, os mestres pedem coisas que parecem sem sentido, por exemplo: “Limpe essa sala”, e o discípulo olha e a sala está imaculadamente limpa, mas ele vai lá limpar. Significa que ele não protesta, nem pensa se tem sentido ou não fazer aquela prática que o mestre está lhe pedindo. O discípulo não contesta, ele simplesmente assume a tarefa. Na relação mestre-discípulo existe uma aceitação ampla daquilo que está sendo ensinado, com um mínimo de resistência. É você que faz o mestre, não é ele que se faz, ele só é mestre porque tem discípulo. Não é uma via de mão única, é uma via de mão dupla. Você só consegue ter um mestre se você o vir como mestre. Se você não o vir como mestre ele será uma pessoa comum.