Imagine que você está perdido em alto-mar. A praia pode ser vista, muito distante. Você sente vontade de ir nadando até lá, mas pensa que não vai conseguir chegar nadando: poderá morrer de exaustão ou cãibra. Então você fica parado, boiando no meio do mar, esperando algum barco passar, ou algum milagre. O mar está agitado, com ondas gigantescas, que jogam você de um lado para o outro. Você luta para se manter com a cabeça fora d’água, até que, como tudo na vida, a tempestade passe. E ela passa. Os ciclos vão se alternando, você já se acostumou com a situação, até que um dia a superfície do oceano ficou lisa como a de um lago, e você pôde então divisar o infinito do horizonte. Ao longe, você percebe um objeto boiando. “Uma tábua de salvação!”, pensa. Ela estava lá, o tempo todo, mas você não a percebeu por causa das ondas, da agitação do mar. Agora você tem uma opção que lhe abre novas possibilidades. Você pode continuar esperando o milagre e lidando com as adversidades do jeito que você estava acostumado, ou pode ir até a tábua, agarrá-la e usá-la para sair dessa situação de uma vez por todas, nadando até a salvação da praia (por mais distante que ela pareça). Ou você pode ir até a tábua e descansar, agarrado nela, ainda esperando pela salvação (que talvez nunca chegue). A tábua não é a salvação em si. É um meio para a salvação. Se imagine nadando com a tábua. Ela é um facilitador. Você sabe que poderia nadar sem ela, mas seria muito mais cansativo. Poderia até não chegar à praia sem ela. E levaria muito mais tempo. Poderia até nadar pro lado errado, pois não estaria com a cabeça para fora d’água (https://www.saindodamatrix.com.br/tabua-salvacao/).